A ação evangelizadora da Igreja é a expressão mais concreta da missão que o próprio Cristo confiou aos seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Desde os primeiros tempos, a Igreja entendeu que sua identidade está ligada à missão. Evangelizar não é uma opção, mas uma exigência do Evangelho. Ser discípulo de Jesus é, ao mesmo tempo, ser missionário. Cada batizado é enviado ao mundo para testemunhar, com a vida e a palavra, a Boa-Nova de Cristo. Esta é a primeira dimensão de nossa catequese: a ação como missão. O cristão não se fecha em si mesmo, mas sai ao encontro dos irmãos, especialmente os que sofrem e os que estão distantes da fé, levando a esperança e o amor de Deus.
Mas a missão só tem sentido quando nasce da comunhão. Evangelizar é também construir unidade, e a comunhão é fruto do perdão. Jesus nos ensina: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Na Igreja, não pode haver espaço para divisões ou rancores, porque o Evangelho só será credível se for testemunhado por uma comunidade reconciliada. A comunhão exige humildade, escuta e capacidade de recomeçar sempre. Por isso, cada ato de perdão é também um ato evangelizador, pois torna presente a misericórdia de Deus. Assim, a ação evangelizadora é comunhão que reconcilia e pacifica os corações.
Por fim, a evangelização se torna celebração de fraternidade. Não evangelizamos apenas com palavras, mas também com a alegria de viver como irmãos e irmãs reunidos em torno de Cristo. A Eucaristia é o coração dessa fraternidade, porque nela experimentamos a presença viva do Senhor, que nos alimenta e nos envia novamente em missão. A fraternidade celebrada na liturgia se prolonga na vida cotidiana, em gestos de solidariedade, partilha e acolhida.
Portanto, a ação evangelizadora da Igreja é um caminho que se desdobra em três dimensões inseparáveis: missão que envia, comunhão que reconcilia e fraternidade que celebra. Assim, a Igreja continua a presença de Cristo no mundo, sendo sinal do amor do Pai e testemunha da esperança que não decepciona.
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